Faz alguma tempo que temos acompanhado notícias sobre o trem bala (TAV – Trem de Alta Velocidade), que ligará os aeroportos de Rio (Santos Dumont e Antônio Carlos Jobim) aos de São Paulo (Cumbica e Viracopos) com estações intermediárias no Campo de Marte (SP) , São José dos Campos (SP) e Volta Redonda (RJ) e opcionais em Jundiaí (SP) e Aparecida (SP) e Resende (RJ).
A proposta principal do projeto (apesar de cumprir com outras metas), é a de aumentar a mobilidade entre Rio de Janeiro e São Paulo, cidades que deverão receber o maior fluxo de turistas na COPA de 2014. Uma estratégia para ajudar no deslocamento.
A obra foi incorporada ao PAC, e prometida para a COPA (http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1181261-9356,00.html). No entanto, existe um série de contratempos e atrasos para que a licitação aconteça, problemas que não se parecem com o do tipo que se resolve com a aplicação de Corrente Crítica nos Projetos. Os problemas começam na previsãode inicio da obra, já que para que a obra acontecer dentro do previsto, o edital deveria ter sido lançado no ano passado, o que não aconteceu devido a uma série de divergências.
A mais recente delas é quanto o modelo do edital, que foi construido no modelo de obra pública, enquanto o TCU alega que deveria estar no modelo de prestação de serviços (http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/05/25/exigencia-do-tcu-pode-atrasar-trem-bala-916691862.asp), se aprovada a contextação, o edital atrasará mais 1 ano.
Tendo que não existe nenhuma experiência no mundo de construção de trem bala com tamanha extensão em menos de 5 anos, tendo que o projeto teria no mínimo 100 quilômetros de túneis (o metrô de São Paulo tem até hoje 62). A obra tem se tornado a cada dia um sonho mais inviável para a COPA. ( http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,trem-bala-para-a-copa-de-2014-parece-um-sonho-sem-prazo-fixo,423372,0.htm).
Lembrando que os investimentos previstos para mobilidade urbana são de R$ 38,5 bilhões e que o trem bala deverá consumir cerca de 34,6 bilhões, talvez esteja o momento de repensar o Portfólio e propor alternativas viáveis de serem realizadas até o evento, assim como capazes de contemplar todas as regiões onde teremos jogos.
Uma proposta defendida pela NTU (www.ntu.org.br/novosite/), mas não se sobrepõe ao trem bala é implementação de BRT (Bus Rapid Transit – nada mais que um avanço nos “passa-rápido” existentes em São Paulo), em outras cidades que sediaram a copa, assim como ampliação do mesmo em São Paulo. A proposta é defendida principalmente por seu baixo custo e facilidade de implementação, algo bem pé-no chão. Precisamos de mais propostas assim.